Nuvens no espaço profundo mostram a mão de Deus na natureza e Sua criação da Terra

A Criação e a Queda

Deus nos conhece assim como conheceu Seus primeiros dois filhos na Terra: Adão e Eva. E assim como Ele percebeu que eles comeriam do fruto proibido, Ele também sabe que vamos pecar durante nosso tempo na Terra e preparou um meio para vencermos nossos pecados.

Nossa vida mortal foi preparada para nos ajudar a adquirir atributos divinos que ainda não tínhamos em nossa existência pré-mortal, e a Criação da Terra, bem como a Queda de Adão, eram parte do plano de Deus.

Primeiro: a Criação. Com a ajuda de Jesus Cristo, Deus, o Pai, criou um mundo glorioso no qual poderíamos ganhar um corpo, exercer o arbítrio, ser provados e progredir para nos tornarmos como nossos pais celestiais. O Velho Testamento aponta para o cuidado que Deus tomou para garantir que nosso lar mortal fosse um lugar encantador. A Terra e o universo que a cerca são dois sistemas brilhantemente concebidos de interdependência — assim como nós. O corpo que Deus nos deu foi criado à Sua imagem. Ele é um organismo maravilhoso, complexo e mortal, capaz de abrigar nosso espírito eterno que aprende, escolhe e prospera. Nosso espírito pré-mortal, agora unido a um corpo físico, é chamado de “alma”.

As duas primeiras almas vieram à Terra na forma de Adão e Eva. Eles moravam no Jardim do Éden, um paraíso onde não enfrentavam oposição e, portanto, não sabiam o que era alegria ou tristeza, prazer ou dor. Deus lhes deu dois mandamentos aparentemente conflitantes e, no futuro, eles viriam a aprender que esses mandamentos eram uma parte importante do plano de Deus.

Assim como nós, Adão e Eva não foram obrigados a ser perfeitos, mas enfrentaram as consequências, tanto positivas quanto negativas, de suas ações. Deus lhes disse que, se comessem o fruto, teriam que deixar o jardim e Sua Presença. Ele também os advertiu que se tornariam mortais e que, por fim, morreriam. Essa escolha trouxe à luz uma condição conhecida como “a Queda” porque compeliu Adão e Eva a deixarem a presença de Deus. Também recebemos os efeitos da Queda quando deixamos nosso lar celestial para nascer neste mundo. Nunca teríamos nascido se eles não tivessem tomado a decisão de comer o fruto. Depois disso, Adão e Eva se tornaram pais e entenderam a alegria que advém de pertencer a seus filhos e uns aos outros. Mas também sofreram as consequências do pecado e, por fim, a morte por causa de sua escolha — consequências que só poderiam ser corrigidas pelo sacrifício expiatório de Jesus Cristo.

Assim como a Criação e a Queda, a Expiação de Jesus Cristo é outro componente crucial do plano de salvação de Deus. Em nosso lar celestial pré-mortal, Jesus Cristo Se ofereceu como voluntário e foi escolhido para ser o Salvador da humanidade. Sua vida sem pecado e Seu sacrifício expiatório equilibraram a balança da justiça por nossos pecados. Isso nos permite enfrentar oposição. Embora muitas vezes consideremos a oposição um aspecto negativo de nossa vida, a compreensão dela por meio do contexto da Queda nos ajuda a aproveitar melhor a oportunidade inerente a ela. O conhecimento do bem e do mal nos permite provar a nós mesmos; incentiva-nos a estudar as escrituras, orar, guardar os mandamentos de Deus e edificar nosso relacionamento com nosso Pai — tudo isso nos capacita a enfrentar os desafios da vida. Quando pecamos contra Deus, Ele nos dá a oportunidade de nos arrependermos e nos envolvermos em um processo refinador que nos aproxima Dele.

Assim como Adão e Eva, saímos do paraíso para buscar progredir e podemos voltar da mesma maneira que eles fizeram — obedecendo aos mandamentos de Deus, superando a oposição, buscando a Deus e nos tornando mais semelhantes a Ele.

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